O ambiente de trabalho nas maiores empresas do mundo têm pouco em comum com os escritórios de algumas décadas atrás. Paredes coloridas, sofás confortáveis, espaço para jogos ganharam espaço. A mudança não é estética. Ela reflete uma transformação profunda na forma como pensamos sobre nossas carreiras. Cada vez mais, o trabalho se conecta com valores pessoais e as empresas que perceberam saíram na frente. Não é só disponibilizar uma mesa de bilhar ou comprar poltronas bacanas, claro. Vivemos a era do foco no ser humano e isso quer dizer uma nova forma de gerir pessoas.
O futuro dos departamentos de Recursos Humanos (RH) está em algo simples e complexo ao mesmo tempo: tratar pessoas como pessoas. Muito além da burocracia de contratação, treinamento, e licenças médicas, o RH gerencia talentos, pessoas com capacidades, desejos e necessidades diferentes. As melhores práticas de RH mostram que o setor deve estar cada vez mais focado em cuidar de pessoas e gerenciar recursos e estruturas para fazer com que os funcionários tenham a melhor experiência possível dentro do ambiente de trabalho.
O RH cuida do bem mais valioso das empresas (e do mundo)
Falamos agora de design centrado no ser humano e em marketing humanizado. Que coisa né? Parece até que nós, pessoas, estamos na moda. Brincadeiras à parte, é isso mesmo. Já há alguns séculos evoluímos do trabalho braçal para o intelectual. As riquezas das empresas não estão mais no seu maquinário ou no seu estoque de matéria-prima. Ela está dentro da cabeça dos seus colaboradores. Vivemos a era do conhecimento, e esse bem mora nas pessoas. Faz muito sentido que é delas que as empresas têm que cuidar.
O papel do RH na gestão de pessoas de verdade
Um olhar humanizado sobre os colaboradores tem a ver com:
- Entender dinâmicas sociais dentro da empresa, incluindo influenciadores, grupos de amigos, "panelinhas", etc.
- Entender os fluxos de informação.
- Entender as expectativas e necessidades dos funcionários.
- Abraçar questões como diversidade de gênero, orientação sexual, religião, etnia, idade, mobilidade, entre outros.
Tendências para o RH com a humanização
A consultoria Gartner aponta a empatia como um dos guias nesse novo mundo e cita três ações que serão necessárias para desenvolver práticas de RH mais centradas no ser humano. São elas: aprendizado de novas habilidades, foco na vida fora do trabalho, priorização de objetivos relacionados ao bem-estar.
Essas prioridades fazem toda a diferença nos resultados das empresas. A DDI, uma empresa global de consultoria de RH, realizou uma pesquisa com 400 líderes e mostrou que a empatia é a habilidade de liderança mais fortemente relacionada ao bom desempenho.
A Sociedade de Gestão de Recursos Humanos, nos Estados Unidos, fala que o RH deve ter ferramentas e processos para avaliar comportamentos e atividades que comunicam falta de empatia e pensar soluções culturais e programáticas em cada nível do negócio. Coaching e mentoring são algumas das formas de cultivar um ambiente mais empático.
Compreender complexidades para crescer
Entender e potencializar as capacidades específicas de cada funcionário, além de compreender as dinâmicas complexas nas quais elas se expressam certamente não são tarefas simples. A valorização do ser humano nas empresas colocou nas mãos do RH uma missão complexa. Entretanto, o caminho não pode ser outro. O futuro da gestão de pessoas reserva melhores resultados para as companhias que fortalecerem o RH e o olhar humanizado sobre os funcionários.
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