Para a instituição, a análise de turnover deve ser vista como uma oportunidade valiosa dentro da empresa. É o momento de rever cenários, repensar a composição dos times, capacitar funcionários e identificar falhas.
Como enfrentar demissões em massa e evitar turnover no pós-pandemia
A onda de funcionários pedindo desligamento dos empregos nos Estados Unidos está sendo chamada de “A Grande Demissão”. Em torno de 4.5 milhões de pessoas saíram dos trabalhos só em novembro de 2021, um recorde norte-americano. O movimento não é isolado. A pandemia de Covid-19 fez muitos repensarem a carreira. A forma como entendemos o trabalho e seu papel em nossas vidas mudou. Como essa transformação vai afetar a sua empresa?
Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que o turnover tem aumentado não apenas nos EUA, mas em outros dos 38 países membros. Foram 20 milhões menos vagas ocupadas em 2021. A OCDE indica que 14 milhões daqueles que pediram demissão não estão migrando imediatamente para outros empregos. Eles estão avaliando as opções e buscando oportunidades melhores.
Por que os funcionários pedem demissão?
O pesquisador Anthony Klotz, que criou o termo “grande demissão” em um trocadilho com a “grande depressão”, lista quatro principais motivos para as altas nos pedidos de desligamento:
Como identificar problemas
O Sebrae recomenda avaliações periódicas para verificar os índices de rotatividade de pessoal, contratações e rescisões. Para a instituição, a análise de turnover deve ser vista como uma oportunidade valiosa dentro da empresa. É o momento de rever cenários, repensar a composição dos times, capacitar funcionários e identificar falhas.
“As pesquisas de clima são as mais recomendadas para fazer essa análise”, detalha o Sebrae, “porque com elas torna-se possível avaliar se os funcionários estão motivados, quais são suas expectativas e se existem problemas de relacionamento dentro da empresa interferindo em seu desempenho.”
O que os funcionários querem?
O salário e outras compensações financeiras sempre farão parte da decisão de ficar ou deixar um emprego. Entretanto, outros fatores ganharam mais importância. Eles têm a ver com essa nova visão de vida e trabalho. Empregados precisam pagar as contas, mas também precisam ser vistos como seres humanos que têm aspirações e necessidades pessoais.
Empregos que demandam trabalho intelectual deverão, cada vez mais, incorporar as complexidades humanas em suas dinâmicas. Funcionários agora esperam que as empresas entreguem:
O RH ganha ainda mais importância
O mercado de trabalho que já era competitivo passa a exigir agora uma nova visão mais ampla e detalhada dos colaboradores. Os departamentos de Recursos Humanos certamente verão suas atividades aumentarem e ficarem mais difíceis. A boa notícia é que isso significa também que a atribuição de cuidar das pessoas ficou mais importante do que nunca.
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