Apesar de não ser uma competência técnica, é de suma importância para o desenvolvimento das equipes, e quando uma competência comportamental, como a empatia, é subestimada o risco pode ser incalculável.
Existem hoje várias razões pelas quais uma empresa escolhe trazer a diversidade para “dentro de casa”. A mais óbvia é que uma equipe multidisciplinar e diversificada pode trazer olhares diferentes para o mesmo problema, tornando assim a organização mais competitiva e agregando valor. Mas para além dos benefícios que uma empresa pode ganhar com ações afirmativas, qual a importância disso? Qual o impacto?
Eu espero que até a altura dessa publicação ser liberada, todos vocês tenham tido a oportunidade de concluir nosso curso de Cultura e Relacionamento. Nele aprofundamos pontos importantes sobre o nosso pilar de Diversidade que, sem dúvidas, podem gerar reflexões bastante positivas.
Diversidade, Inclusão e Pertencimento
Quando falamos de diversidade, muito frequentemente, esquecemos que ela precisa estar diretamente relacionada com inclusão e pertencimento. Inclusão vez por outra é confundida com diversidade. Mas a grande diferença é que a inclusão precisa ser um passo necessário para alcançar com sucesso a diversidade.
Pensem comigo: quando trazemos para a empresa um conjunto de pessoas diferentes, com histórias diferentes, habilidades, necessidades, etc, essas pessoas chegam aqui e se deparam com um ambiente em que não se sentem incluídas. Seja porque são diferentes demais, seja porque não há ali um mínimo de representatividade.
E então o papel da organização enquanto agente desta transformação, é pensar em como este ambiente vai receber essas pessoas para que elas sintam-se incluídas. Depois disso, elas também vão precisar pertencer àquele lugar. Isso significa que além de acolher pessoas diferentes, a empresa também é capaz de proporcionar a elas um espaço, dar voz e deixar aquele lugar mais confortável possível para que aquele grupo de pessoas possa ser elas mesmas e tomar suas próprias decisões.
O que implica ter uma equipe diversificada
Depois de entender que uma organização diversa precisa desenvolver inclusão e pertencimento, precisamos saber quais são as implicações que isso pode gerar.
É preciso preparar a equipe para essa transformação: o ambiente de trabalho, independente de físico ou remoto, precisa ser acolhedor. Entre os colegas de trabalho precisa haver respeito, evitando brincadeiras que ponham pessoas em situações vexatórias, por exemplo.
Alcançar um time genuinamente diverso pode ter algumas implicações. Quando nos aprofundamos neste tema, podemos perceber que diversas camadas sociais não têm as mesmas oportunidades. Isso significa que muitas vezes uma empresa precisa abrir mão de alguns critérios para receber talentos que não tiveram a mesma oportunidade que outros.
Um exemplo disso é a obrigatoriedade de saber um idioma. Quantas pessoas talentosas e diversas uma empresa perde pela obrigatoriedade de um idioma? O que a empresa pode fazer para acabar com esta desigualdade entre seus talentos? Neste cenário é possível ver diversas empresas em um movimento de formação interna, onde traz para o time alguém que não domina um idioma e desenvolve esta habilidade “dentro de casa”.
Responsabilidade Social
Pessoalmente, considero que a Responsabilidade Social da empresa é o motivo mais importante para investir em equipes mais diversas e multidisciplinares.
Quando uma empresa toma esta decisão, ela não colhe os frutos sozinha, ela entrega para sociedade um mundo melhor. Ela deixa marcas e impressões. Mas para que essa mudança aconteça, a estratégia precisa existir. Não pode ser apenas uma ação de marketing.
Entender o seu lugar no mundo é fazer a diferença enquanto empresa (de qualquer tamanho).
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